UE recomenda kit de sobrevivência em meio à tensões
Emanuelly Cristina de Siqueira
3/31/20252 min ler


A Comissão Europeia sugeriu, na última quarta-feira (26/03), que as famílias europeias mantenham estoques de itens básicos por um período mínimo de três dias, como parte de uma nova estratégia de preparação para lidar com ameaças como catástrofes naturais, surtos de doenças, ataques cibernéticos ou conflitos armados.
Para esse fim, a União Europeia pretende que todos os seus Estados-membros criem kits de sobrevivência de 72 horas para a população. O bloco abrange mais de 448 milhões de habitantes.
“Os desafios atuais demandam uma nova abordagem de preparação na Europa. É essencial que nossos cidadãos, Estados-membros e empresas tenham os recursos necessários para evitar crises e responder prontamente em caso de emergência”, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A União Europeia sugere que o kit contenha itens essenciais como alimentos, água, lanternas, documentos pessoais, medicamentos e rádios para que os cidadãos possam se manter autossuficientes por até três dias durante uma emergência.
“Na União Europeia, é necessário adotar uma abordagem inovadora, pois as ameaças que enfrentamos são distintas. Devemos ampliar nossa perspectiva, já que essas ameaças também são mais complexas”, afirmou Hadja Lahbib, comissária responsável pela ajuda humanitária e gestão de crises. “Estar preparados para qualquer situação deve ser o nosso novo padrão de vida na Europa”.
A preparação, segundo a vice-presidente executiva da Comissão, Roxana Mînzatu, “não se limita apenas a conflitos causados pelo homem”. “Também envolve saber como lidar com desastres naturais, como as recentes inundações na Espanha, que resultaram em centenas de vítimas fatais”, destacou ela.
A vice-presidente executiva da Comissão ainda observou que muitas pessoas não estão cientes do que fazer em face de catástrofes naturais. “Esses tipos de crises exigem um conjunto de habilidades básicas e um entendimento sobre as primeiras ações a serem tomadas”, concluiu ela.
O bloco também pretende expandir os estoques compartilhados atuais de produtos como vacinas, equipamentos de transporte e materiais essenciais para enfrentar ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.